Melanoma

A maioria dos melanomas é do tipo extensivo superficial, e apresenta manchas com cores diferentes (heterocromia), bordas irregulares, tamanhos e formatos diversos, mais comuns nos membros inferiores no sexo feminino e no masculino no tronco. Têm esta apresentação pois a disseminação é horizontal e geralmente se origina de nevos pré-existentes, diferentemente da forma nodular, que são lesões sobrelevadas enegrecidas, que surgem sem pintas ou manchas anteriores.

Recomenda-se atenção a manchas acastanhadas ou enegrecidas que surjam nas extremidades, como mãos, pés e subungueais, predominantemente em negros e orientais. Todas estas formas são mais comuns em adultos jovens e em idosos que se expuseram muito ao sol, principalmente na face.

Há também o melanoma lentigo maligno, de evolução mais lenta. Existe ainda a apresentação sem pigmentação, que são os melanomas amelanóticos, que não devem ser esquecidos e por esta dificuldade diagnóstica muitas vezes são descobertos tardiamente.
O diagnóstico de melanoma pode gerar grande apreensão no paciente, mas é importante salientar que a remoção cirúrgica da lesão tem mais de 90% de chance de cura caso a neoplasia seja detectada precocemente.

O tratamento varia conforme as condições de saúde do paciente, a localização, a agressividade e a extensão do tumor. O tratamento de escolha, ainda é a cirurgia, onde podem ser empregadas as seguintes modalidades cirúrgicas:

  • Cirurgia excisional: exérese total do tumor com margens cirúrgicas de segurança, segundo protocolos internacionais orientados pela espessura de Breslow. Em determinadas circunstâncias, pode ser indicada a amputação de um dedo do pé ou da mão;
  • Alguns cirurgiões preconizam a Cirurgia Micrográfica, onde se retira o tumor e, em seguida, remove uma fina camada de tecido das margens laterais e profundas, que serão submetidas a um exame. O paciente aguarda enquanto estes fragmentos são processados por exame de congelação e verificados ao microscópio. Se houver alguma margem comprometida, é feita uma nova retirada de tecido das margens, até que todas elas estejam negativas. É um procedimento indicado para lesões recidivantes, ou seja, que foram tratadas e retornaram;
  • Discute-se a indicação da pesquisa do linfonodo sentinela e, se houver o comprometimento linfonodal, faz-se a linfadenectomia.

Dependendo do estágio do câncer, a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia são outras modalidades terapêuticas que podem ser empregadas. Nos casos em que há metástases, a neoplasia não tem cura na maioria dos casos, mas há diversas estratégias que permitem melhorar a qualidade de vida do paciente.
Fonte: SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia)